quinta-feira, 30 de agosto de 2012

“Com a Graça de Deus eu sou o que sou” (1Cor 15,10) | Padre José Rodrigues

            Sou o Padre José Rodrigues Filho, nascido aos 15 de Abril de 1965, na cidade de São João da Ponte, Diocese de Montes Claros – MG. Sou o décimo primeiro duma família de doze irmãos. Meus pais, pessoas simples do campo, mas com muita sabedoria e experiência de fé que com grande testemunho de vida, recebia o carinho e o respeito de todos os habitantes daquela Vila e redondezas. Era em minha casa, que meus pais recebiam os grandes políticos e autoridades daquela época e inclusive o Padre que passava por aquelas terras uma vez por ano onde aproveitava a ocasião para realizar todas as cerimônias como; casamentos, batizados, primeiras comunhões, procissões etc, porque daí só no ano seguinte voltaria. Toda aquela movimentação de políticos, atos religiosos e outros acontecimentos daquela festa me chamavam muito a atenção mas, as celebrações religiosas eram as que eu mais gostava e fazia questão de participar em todas elas. Curioso é que, neste intervalo de um ano, sem a presença do sacerdote, o povo não deixava de ir às celebrações que eram ministradas pelos próprios leigos, chamadas de cultos dominicais, e que muitas vezes eram realizados na minha casa e na casa de muitos daqueles moradores.     Meus pais nunca deixaram de levar-nos a estas celebrações. Dentre tantos brinquedos que eu possuía, nos quais brincar de carrinhos e “celebrar missa” eram os meus preferidos. Na verdade era brincar de ser padre. Celebrava as “missas” com bolacha maria e suco de uva, na sala da minha casa e quando estava cansado de brincar com os meus carrinhos, fazia procissões pelo quintal benzendo árvores e pedras que eu encontrava.
         Fui crescendo e depois de ter concluído o quarto ano primário, meu pai, com a finalidade que eu e minha irmã mais velha estudássemos, comprou uma casa na cidade de Januária, também em Minas Gerais. Cidade pacata mais muito acolhedora onde cresci, tanto em estatura, como em conhecimento, aprendendo de fato o que a vida era. Foi aqui que passei muitas privações, pois vivia longe de meus pais, longe da minha terra, longe da minha família, longe dos meus amigos e dos meus brinquedos.
          Nunca abandonei a Igreja, pois mesmo longe de quem poderia me incentivar, que era a minha mãe, continuei firme na minha fé, agarrado somente e no principal, nas mãos do meu Senhor. Era eu e Deus embora não tendo tantos momentos felizes, mas sentindo que Ele me levava em seus braços pois, algo para mim estava reservado. É certo que não tinha tanto empenho na minha Paróquia e limitava-me apenas às Santas Missas dominicais, mas sentia que Deus me sustentava ao longo da semana porque também carregava comigo a responsabilidade de não deixar apagar a chama da fé que Ele mesmo acendera e agraciou-me com o dom da fidelidade aos meus pais que embora sem grande cultura mas com grande sabedoria divina, souberam transmitir-me os valores da nossa religião.
         Conforme eu crescia, também cresciam as tentações. Conclui o meu segundo grau, trabalhava numa loja de moveis e eletrodomésticos, tinha minha namorada e namorava firme para casar. Já tinha minha vida quase toda estruturada, quando de repente bate uma insegurança, uma incerteza, enfim, um grande vazio...
         E eu que já não trabalhava mais de empregado e como patrão, num repente tomo uma decisão de entregar tudo para um dos meus irmãos, tomando somente o dinheiro da passagem e partindo para o Rio de Janeiro, onde, assim que fosse possível, eu entraria para o Seminário. Chegando aqui no Rio, é claro que não foi nada fácil, mas foi neste intuito de não querer receber nenhuma influência familiar ou amiga que de livre e espontânea vontade entraria para ser formado na Escola de Cristo. 
         Depois de três meses residindo em Niterói, procurei o Seminário São José. Acolhido pelo Reitor da época, Cônego Rui Ventura, fiz discernimento vocacional e daquele ano de 1990 até 1994, fui seminarista diocesano. Estudando na Escola Teológica do Mosteiro de São Bento, percebi que a minha vocação era ser Palotino.
         Fiz discernimento e em 1995 entrei para o Noviciado. Em 1998, fiz minhas promessas perpétuas e fui ordenado Diácono e em 1999, fui ordenado diácono e no dia 12 de junho deste mesmo ano, fui ordenado Padre pelas mãos do Sr. Bispo Dom Alano Maria Penna, na Igreja da Divina Misericórdia no Rio de Janeiro. Antes mesmo de completar um ano de Padre, fui enviado por Deus a terras lusitanas onde trabalhei na Diocese de Lisboa por dez anos.
         Depois fui para Itália, mais propriamente dito, Roma para estudar Espiritualidade Palotina e Teologia da Vida Consagrada. Estes estudos eram uma preparação, pois ao regressar ao Brasil, deveria eu trabalhar na formação. Aqui estou, como diretor do Postulantado que significa a primeira etapa da formação.    Estou amando meu novo trabalho porque adotei a expressão mais sublime de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira das missões; “No coração da Igreja minha vocação é amar”.
         Agradeço a Deus por me ter levado sempre em seus braços de Pai.  Por me ter chamado a ser Palotino, por me ter chamado ao sacerdócio. Sou muito feliz pois sinto-me realizado  vocacionalmente. Sou verdadeiramente apaixonado por Cristo, por Maria Santíssima, minha mãe, por esta Igreja que é expressão concreta do amor e da misericórdia de Deus. E com e pela Graça de Deus eu sou o que sou.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aconteceu: Mil Ave-Marias | Paróquia de São Roque -RJ



















Pastoral Vocacional Palotina, Paróquia de São Roque - RJ.
(Faltam alguns membros da pastoral na foto)

Parabéns a todos e o mais sincero agradecimento do Seminário Maior Palotino, por tanta dedicação e oração pelas Vocações. E pelo carinho com nosso seminário...muito obrigado!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

As relíquias de Pallotti em nosso Seminário


Olá pessoal...

fica ai o convite de nosso seminário, estamos de braços abertos para acolhe-los nesse dia, um dia de alegria e união.
Será um encontro simples, porém cheio da alegria e da emoção de ter as relíquias de nosso pai Vicente Pallotti em nosso seminário. E gostariamos de celebrar junto a vocês.

Um abraço a todos!

domingo, 19 de agosto de 2012

As Relíquias de São Vicente Pallotti visitam todas as comunidades palotinas do Brasil


Relíquias de São Vicente Pallotti peregrinam
 pelas comunidades palotinas do Brasil

Pe. Aguinelo Burin SAC
Pe. Edgar Ertl SAC
Santa Maria/RS

1. Introdução

De 26 de maio de 2012 a 26 de janeiro de 2013, duas relíquias de São Vicente Pallotti (1795-1850) estão peregrinando pelas Comunidades da União do Apostolado Católico (UAC) – Família Palotina – padres, irmãs, irmãos e leigos no Brasil. Uma pequena, de 1° classe, um fragmento dum dedo da mão, e uma estola que ele usou para celebrar. Esta peregrinação das relíquias está entre as diversas atividades que estão sendo organizadas pela família palotina em vista dos 50 anos de canonização do santo a ser celebrado no dia 20 de janeiro de 2013. São Vicente Pallotti foi canonizado no dia 20 de janeiro de 1963, pelo papa João XXIII, durante a celebração do Concílio vaticano II. Seu corpo é venerado na Igreja de São Salvador em Onda, perto do Rio Tibre, em Roma. Que sentido têm as relíquias dos Santos? Vamos à história e valor das relíquias à fé cristã, e particularmente à Família Palotina do Brasil.


2. Um pouco de história

Dois fatos do Antigo Testamento. No livro (2Rs 2,10-16) se narra que, quando Elias foi levado, por um carro de fogo, para o céu, deixou cair o manto. Eliseu recolheu o manto e, para atravessar o Jordão, bateu com o manto nas suas águas e elas deram passagem a Eliseu.
Alguns do Novo Testamento: Em Mt 14,35s se diz que uma mulher que sofria de uma forte hemorragia, chegou até Jesus, furando no meio da multidão, pensando consigo: se eu tocar no seu manto, ficarei curada. E foi o que aconteceu. E continua dizendo que muitos tocavam no manto de Jesus e ficavam curados.
No livro dos Atos dos Apóstolos 19,11-12 temos também um testemunho semelhante.
Na História da Igreja, já no ano de 156 se conta que os cristãos recolheram os restos de São Policarpo, queimado na fogueira por ser cristão. Já é sinal de muita estima e culto. Mais tarde muitos milagres e graças aconteceram num contato com estas relíquias.
Depois da paz de Constantino, procuraram em Jerusalém a cruz de Cristo. Dizem que encontraram três, e para verificar qual era a de Cristo encostaram nas três uma criança doente. Ao encostar numa delas, a criança ficou curada. Pode ser lenda, mas esta cruz foi venerada como a cruz em que Cristo foi crucificado.
No caso também os pregos teriam sido encontrados.
No tempo das perseguições do Império Romano, os cristãos recolhiam o sangue dos mártires com panos e os veneravam. Nas catacumbas, celebravam missas junto do túmulo de mártires da fé, para pedir força e fidelidade.
Temos, portanto, aí um testemunho histórico do culto das relíquias dos heróis da fé.
O culto das relíquias só foi aumentando ao longo dos tempos.
No século VII, o bispo de Cantuária declarava que as relíquias dos santos deviam ser objetos de veneração.
Na Idade Média, no período de construção das grandes Catedrais, chegamos ao auge da valorização das relíquias dos Santos.
Na Catedral de Colônia, o Arcebispo expôs os corpos dos Reis Magos! Em Santiago de Compostela são apresentadas relíquias do corpo de São Tiago!
Aos poucos este culto tomou proporções exageradas. A partir das Cruzadas, ossos, pedaços de panos, penas dos anjos, prepúcio de Jesus foram exibidos como relíquias e havia gente que acreditava em tudo.
Então a Igreja encomendou um estudo sobre algumas pretensas relíquias e constatou que havia muita falsificação.

3. Alguns exemplos de exageros
Os pedacinhos da cruz de Cristo que corriam constataram que daria uns 4.000.000 de centímetros cúbicos de madeira! E havia uns 700 pregos da Cruz.
O Concílio de Lion apelou aos responsáveis, bispos e outros, que verificassem a autenticidade das relíquias que eram distribuídas e veneradas.
A ciência moderna e o estudo da História da Igreja ajudaram a recolocar em ordem estes exageros. O caso do Santo Sudário...

4. A Igreja classifica as relíquias em três classes:
1ª classe, parte do corpo; 2ª classe, objetos pessoais e 3ª classe, pedaços de tecidos que vestiu ou que usou. Estas de S. V. Pallotti que vem aqui pertencem à primeira e à terceira classe. E são autênticas! É proibido, sob pena de excomunhão, comprar ou vender relíquias com fins lucrativos.

5. Algumas relíquias famosas e autênticas

Corpos que permaneceram intactos no sepulcro: S. Catarina de Bolonha; S. Bernardete de Soubirous; S. João Vianney; S. Rita de Cássia; Beato João Paulo II; S. Pio de Pietrelcina; Irmã Dulce; S. Vicente Pallotti, entre muitos outros.

6. Relicário palotino
 






relicário de São Vicente Pallotti que peregrina pelo Brasil, no formato de uma Arca da Aliança, uma peça belíssima e única, foi assinada pelo maior artista sacro do momento no Brasil, Cláudio Pastro. Nele estão as duas relíquias. Umfragmento do dedo de Pallotti – lembrando sua humanidade, seu corpo, embora franzino, magro, mas um homem incansável a serviço da caridade evangélica –  um homem de seu tempo, com um perfil de que a “vida de Cristo seja a sua vida”, com os desejos, propósitos, expectativas que envolvem céus e terras, tudo sem limites como fora o “Homem de Nazaré”.  E uma estola – usada pelo santo durante as funções litúrgicas – lembrando que um dia ele foi batizado e esta estola é uma continuação de suas vestes batismais: o cristão é um servidor de Jesus Cristo e todo batizado se torna discípulo missionário do Evangelho. Vicente Pallotti exerceu seu ministério sacerdotal com zelo e dedicado às grandes causas humanas, culturais, eclesiais e espirituais. – um sacerdote de caridade inesgotável. Deste serviço sacerdotal apostólico podemos dizer que nasceram grandes obras: A fundação da União do Apostolado Católico, O Solene Oitavário da Epifania, a Fundação da Casa de Caridade e Colégio das Missões, as Conferências semanais dos Eclesiásticos e Instituto Religioso Feminino, Assistência Espiritual ao Hospital Militar, a Missão de Londres e outras infinitas atividades deste homem consagrado segundo o Evangelho, “pois todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e nomeado representante dele diante de Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados” (Hb 5,1).

7. Que sentido tem venerar as relíquias?
Destacamos dois aspectos do seu valor. Primeiro, ligar-nos ao seu portador, para tê-lo muito próximo e presente e assim seguir seu exemplo de santidade. E um segundo sentido, que a maior parte do povo atribui às relíquias é como um intermediário para alcançar do Santo uma graça, um milagre, uma cura. E isto se tem verificado muitas vezes, “o exemplo oportuno de vida a ser imitado”, e, sobretudo o auxilio na intercessão. E é importante para identificar que aquela graça ou milagre foi alcançado pela intercessão daquele homem ou mulher santos.
Para nós, creio, vale muito o primeiro aspecto: as relíquias de São Vicente Pallotti, nos lembram sua pessoa, sua vida de santidade, seu zelo apostólico, seu carisma que nós queremos seguir.
E também para suplicar alguma graça de que precisamos. Temos que invocar São Vicente Pallotti, não só como homem de ideias e carisma, como dons para a Igreja, mas também como nosso Pai, protetor e auxílio nas nossas dificuldades e necessidades. Invoquemo-lo com confiança. Portanto, a veneração das relíquias dos santos faz parte da tradição da Igreja Católica desde os primeiros séculos e neste momento do Ano Jubilar da canonização de São Vicente Pallotti convidemos, pois, todo o povo que venham às nossas comunidades, igrejas e locais por onde passam as relíquias de Pallotti a fim de que busquem nele um exemplo autêntico de seguidor de Jesus Cristo, Apóstolo do Pai.

Aconteceu: Encontro de Formadores Sul-americanos


Encontro dos Superiores Maiores SAC da América do Sul

De 06 a 09 de agosto de 2012, os Superiores Maiores da América do Sul reuniram-se em Guapimirim, Rio de Janeiro, na bela casa de postulantado da Região Palotina Mãe da Misericórdia (RJ).
Estiveram presentes: o membro do Conselho Geral Pe. Gilberto Orsolin, os Superiores Maiores: Pe. Jorge Chmielecki (RJ), Pe. Alejandro Fontana (UR), Pe. Rubén Fuhr (AR), Pe. Lino Baggio (SM) e Pe. José Elias Fadul (SP) e o Delegado Provincial da Irlanda na Argentina Pe. Thomas O'Donnell (IR.AR). O Delegado Provincial da Província de Cristo Rei, na Colômbia e Venezuela (WA.CV), Pe. Mariusz Mąka, não pode participar por razões relacionadas ao voo.
Os principais temas e tópicos foram: a partilha da vida em cada uma dessas entidades; as conclusões do encontro dos formadores em Curitiba no mês passado; questões a serem abordadas no Congresso Consultivo dos Superiores Maiores na Irlanda em Outubro; atualização as informações sobre a causa dos Mártires Palotinos argentinos; uma breve avaliação do noviciado internacional pelo Pe. Guilherme Whitmée de Cornélio Procópio; promoção vocacional para a vida consagrada Palotina; passos em direção à unificação da formação na América do Sul; o futuro do ISEP e outras oportunidades de formação que estão surgindo; eventos que estão marcando o ano do jubileu do quinquagésimo aniversário da canonização de São Vicente Pallotti.
Na noite de 8 de agosto o participantes visitaram Cachoeiras de Macacu e celebraram a Santa Missa na Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição,em uma comunidade servida por duas décadas por nossos sacerdotes.
O próxima reunião anual foi confirmada nos dias 1-3 setembro de 2013, na Colômbia, Medellín.

fonte: Palotinos Rio de Janeiro