segunda-feira, 31 de março de 2014

Pe. Jacob Nampudakam SAC | Nomeação para Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica


O Santo Padre Papa Francisco, no dia 29 de Março de 2014, nomeou o Pe. Jacob Nampudakam, Reitor Geral da Sociedade do Apostolado Católico (Padres Palotinos e Irmãos), como membro (consultor) da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Essa Congregação foi Fundada pelo Papa Sixto V no dia 27 de Maio de 1586. Esta a ocupar-se de tudo o que pertence aos Institutos de Vida consagrada (Ordens e Congregações religiosas, sejam masculinas quer femininas, Institutos seculares) e as Sociedades de Vida apostólica, enquanto à regime, disciplina, estudos, bens, direitos e privilégios. A sua competência estende-se a todos os aspectos da vida consagrada: vida cristã, vida religiosa, vida clerical; é de caráter pessoal; não tem limites territoriais; alguns determinados assuntos de seus membros, porém, são repostos à competência de outras Congregações.

domingo, 30 de março de 2014

Grupão da JP


No dia 29 de março, aconteceu o 1º Grupão da Juventude Palotina (JP-Rio) do ano de 2014. O encontro foi realizado no Seminário Maior Palotino e teve como tema um versículo que se tornou familiar à juventude na JMJ Rio 2013 “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). Orientou-nos a máxima palotina, que vai de encontro ao chamado missionário de Cristo, de “reavivar a fé e reacender a caridade e propagá-las por tudo o mundo”. 














 Estiveram presentes jovens de três paróquias palotinas – Divina Misericórdia, Santa Isabel e São Roque - da cidade do Rio de Janeiro. Além da significativa presença do padre José Rodrigues SAC - Superior da Região Mãe da Misericórdia – e do Presidente do Conselho Nacional da UAC - União do Apostolado Católico - Dario Ivatiuk Junior, que enriqueceram o encontro apontando um caminho de união sempre mais forte entre a JP e a UAC. O encontro terminou com um momento de adoração ao Santíssimo, o Evangelho da mulher adúltera Jo 8, 1-11 “Ninguém te condenou?”... “Eu também não te condeno.”- foi medtado sob a luz uma belíssima oração de São Vicente Pallotti: 










“Deus meu... Tu és amor infinito, misericórdia infinita! Perdoe-me, digo por dizer:És o Enlouquecido de amor e de misericórdia para comigo! A todo instante e sempre, desde toda eternidade pensas em mim e derramas sobre mim dilúvios infinitos de graças, de favores, de dons, de misericórdias, de todos os teus infinitos atributos, todos infinitamente misericordiosos. [...] E todas estas invenções e astúcias do teu amor e da tua misericórdia executas-nas de dia e de noite, quer eu esteja acordado, quer eu esteja dormindo, quando eu esteja a comer, quando eu esteja a beber, quer eu passeie, quer eu pense em ti , quer em ti não pense. Tu Jesus, mesmo quando eu não penso, tu, porém, nos santos altares, que estão em todo o mundo, sacrificaste por mim. E, nos santos altares, em que moras, sacramentado, estás todo tempo a me esperar, estás a arder de fogo infinito de amor, por dares-te a ti mesmo, todo e sempre, com plenitude infinita.[...] Vinde adorar o Amor infinito, o Enlouquecido de Amor! Vinde e adorai, bendizei, pasmai, louvai, agradecei e sobre-louvai-o, eternamente e além.”

Encontro Vocacional | Abril de 2014


segunda-feira, 24 de março de 2014

O Santo silêncio e Santa oração

“O Santo silêncio prepara-nos para uma santa oração. A santa oração e o santo silêncio conduzem-nos a uma intina comunhão com Deus. Quem não ama o silêncio e a oração, na realidade, também não deseja a união íntima com Deus.” (São Vicente Pallotti)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Retiros de Carnaval | Palotinos | 2014






   
Retiro de Carnaval em Eugenópolis - MG | Paróquias de Itaperuna - RJ











Retiro de Carnaval em Novo Airão - AM 






Retiro de Carnaval em Niterói - RJ 



quarta-feira, 19 de março de 2014

Pensamento de São Vicente Pallotti | Sobre São José


GRUPÃO da JP | No Seminário


Oração a São José por São Vicente Pallotti

Ó puríssimo e sempre virgem Patriarca São José, tu, homem todo de Deus, tu, depois da Imaculada Mãe de Deus, de tal forma privilegiado, que, dentre os filhos de Adão, de ti somente se pode dizer que o mesmo Deus é teu e tão somente teu, que foi tido e julgado como sendo seu filho. A ti, o Eterno Pai entregou sua obedientíssima filha. O Filho, que se fez homem para redimir o gênero humano, confiou-te a sua verdadeira mãe, O Espírito Santo deu-te e confiou-te a sua puríssima e fidelíssima esposa. Numa Palavra, toda a santíssima Trindade deu-te, como verdadeira e legítima consorte, e a sua eleita, única e escolhida como o sol.
Ah, tu sim, meu querido Santo, tu que agora és bem-aventurado nos esplendores da glória, compreendes qual seja tua dignidade, a tua excelência. Tu é que entendes que coisa seja mesmo ter por esposa Maria imaculada, Mãe de Deus, Senhora do céu e da terra, Rainha de todos os Anjos e de todos os Santos.


Tu é que entendes o que seja seres tu o depositário fiel dos tesouros infinitos do próprio Deus.

Tu que sabes que, se não és alvo da inveja dos Anjos, que isto repugnaria ao estado de beatitude deles, contudo quedam-se eles assombrados e estáticos, a jubilar intimamente, a venerar-te pela plenitude dos singulares privilégios, virtudes, dons, graças, e glória de quem foste enriquecido.
Digna-te, pois, de receber as afetuosas expressões de prazer por tão grande felicidade da parte de todo o gênero humano, que por nada confia em ti, desde que te reconhece, por falar assim, como generoso dispensador das divinas misericórdias, senhor e esposo daquela de quem só Deus é maior. E, assim, por toda a eternidade, dás contigo rico e especialmente bem-aventurado entre todos os homens e entre os próprios Anjos. Assim que podes alcançar todas as graças, dons e misericórdias em bem de todos e também em proveito dos maiores pecadores.

E por isso que tu diante do trono do divino benfeitor contemplas, humilde, a tua dívida, por tantos dons que recebeste, assim desejas ardentemente que juntamente contigo todas as criaturas, por toda a eternidade, da tua parte, agradeçam ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Eis, pois, que nós todos, juntamente contigo, e em união com toda corte celeste e com todas as outras criaturas e com os mesmos Corações santíssimos de Jesus e de Maria, entendemos ter oferecido e oferecer à Santíssima Trindade, desde toda a eternidade e por toda eternidade, a todo instante infinitésimo, os , os méritos infinitos de Jesus Cristo e os méritos da Santa Igreja:

1° Em agradecimento por todos os dons, graças, favores e privilégios de que Deus se dignou enriquecer-te e à tua esposa e mãe nossa bem-aventurada.

2° Em agradecimento como se já, pela poderosíssima tua proteção e de Maria Imaculada, tivesse sido concedido a nós e a todos, presentes e futuros, de todo o mundo, o dom daquela perfeita e perseverante correspondência a todas as graças e àquele perfeito exercício de todas as virtudes, da forma com que tu e tua puríssima esposa Maria fostes os perfeitos imitadores da vida humilde, pobre, penosa, laboriosa, benéfica e desprezada, que, com amor infinito dignou-se sofrer por nós sobre esta terra Nosso Senhor Jesus Cristo.

3°Em agradecimento como se já por tua intercessão e de Maria Imaculada, Deus se tivesse dignado converter todo o mundo e dele tivesse feito um só rebanho e um só pastor.

4° Em Agradecimento como se já tivesse concedido (aqui pode-se exprimir a graça que se deseja).

5° Em agradecimento também, como se já, por sua intercessão e de Maria Imaculada, nos tivesse sido assegurada a graça da preciosa morte dos justos, com tais disposições de poder entrar, sem demora, no paraíso sem passar pelo purgatório, para chegar mais depressa a amar a Deus no reino da eterna e perfeita caridade, onde, juntamente contigo e com tua esposa, Mãe nossa Maria, e com todos os Anjos e Santos, cantaremos para sempre as divinas misericórdias. Amém.


Jesus, José e Maria, entrego-vos meu coração e minha alma.

Jesus, José e Maria, assisti-me na última agonia.

Jesus, José e Maria, expire em paz convosco a minha alma



São Vicente Pallotti

fonte: http://palotinos.blogspot.com.br/2014/03/oracao-sao-jose-por-sao-vicente-pallotti.html (acesso em 19 de março de 2014)

domingo, 16 de março de 2014

Apóstolos Hoje - Março 2014


São Vicente Pallotti e a
Evangelização com os encarcerados

            Nos anos quarenta, última década de sua vida, Padre Vicente intensificou seu ministério dando assistência aos prisioneiros, um dos mais difíceis para um padre. As prisões de Roma, naquela época eram preenchidas com criminosos comuns, misturados com presos políticos. O ministério entre os prisioneiros, então era mais difícil do que hoje. Antes de tudo na prisão crescia a animosidade sectária anticlerical. Os reis eram frequentemente condenados à morte. Era preciso trabalhar com eles, tentando trazê-los mais perto de Deus durante os meses de cativeiro, assisti-los na última hora e acompanhá-los para a forca. Os prisioneiros persistentemente pediam ao capelão para ajudar suas famílias, para estar perto de seus pais, cônjuges e filhos, e então, como agora, especialmente os mais pobres caiam nas redes do crime e sofriam as consequências.
            Padre Vicente em suas visitas às prisões percebeu mais de perto as misérias do mundo, a ligação entre pobreza e delinquência. Gregório XVI criou escolas de artesanato para reabilitar prisioneiros jovens para impedi-los de recair no crime, e Padre Vicente realizou vários cursos de Exercícios espirituais para os jovens encarcerados da Via Julia e das Termas de Diocleciano. Na década de quarenta, o próprio Pallotti pediu para cuidar dos presos permanentemente. Ele foi o primeiro sacerdote a celebrar missa e ouvir confissões no complexo carcereiro. Em seguida, ele foi chamado pela prisão militar e da casa de correção em Ripa Grande no Castelo Sant'Angelo. Lá descobriu que não havia uma capela e obteve das autoridades papais a permissão de adaptar um ambiente para essa finalidade (OOCCX, p. 19-20).
            Quando desenvolveu o sistema de Procuras, Pallotti assinalou aos cuidados de prisioneiros a oitavo Procura, sob a proteção de São Bartolomeu. Seus membros atendiam as necessidades dos prisioneiros em todos os aspectos, incluindo a assistência espiritual, necessidades físicas, como a alimentação, defesa dos seus direitos e a busca de arrependimento para o bom comportamento, incluindo o acompanhamento de advogados e também se preocupava com as famílias dos prisioneiros. Em 22 de julho de 1845, ele escreveu para à liderança militar papal para interceder em favor de Louis Berna, um policial jovem que já havia passado seis meses na cadeia por abandono do dever, em estado de embriaguez, por visitar sua mãe doente, e em favor de José Belardi, um fuzileiro de 17 anos que já havia passado cinco meses de prisão, contra o qual Pallotti alegou que havia uma falsa acusação por três cabos (OCL 5, pp101-2).
            Iniciou também a ser procurado para a dolorosa tarefa de dar assistência sacerdotal aos condenados à morte. A Confraria da Misericórdia de São João Degolado cuidou dos condenados à morte em Roma desde o final de 1400. De acordo com seus registros de pessoas executadas entre 1835 e 1846, Pallotti foi solicitado por nove prisioneiros condenados que permaneceram impenitentes e, em dois casos, até mesmo apesar dos esforços dos sacerdotes santos, como Bernard Clausi e Biagio Valentini. Em sete desses casos, Pallotti teve a alegria de ver a conversão dos prisioneiros.
            É interessante lembrar que São Vicente não via os prisioneiros apenas como receptores passivos de caridade e apostolado por outros, mas como tendo o direito de serem apóstolos ativos na pastoral da Igreja, como é claro a inclusão nas suas listas de prisioneiros como possíveis membros da União do Apostolado Católico recém-nascidos, que delineou entre os verões de 1835-1836. (OOCC IV, p. 182 e 326).
            Assim, cada membro da UAC é chamado a discernir e exercer particulares carismas, é chamado a uma vida de intensa união com Cristo e proclamar o Evangelho e fazer conhecer a pessoa de Jesus Cristo. O apostolado se escreve em um contexto de fraqueza do homem, e por isso vai acompanhado com uma atitude particular de solidariedade, destacando, em especial, a dimensão da esperança do anúncio cristão. O anúncio deve ser feito através de experiências de fé que unem Palavra, Sacramentos e testemunho vivo de caridade, tendo presente que Jesus tinha predileção pelos pobres. Estes aspectos colocam em evidência como o ambiente do cárcere é um lugar particular de evangelização.
            João Paulo II durante uma visita à prisão juvenil em Casal do Marmo a 6 de janeiro de 1980, enfatiza que trabalhar na cadeia "é uma tarefa necessária, delicada e difícil, que exige um forte compromisso e abnegação", tendo o cuidado das almas, porque cada pessoa humana, corresponde a um pensamento de Deus. Nesse sentido, cada ser humano é fundamentalmente bom e feito para a felicidade, uma vez que a missão de Cristo é dirigida em primeiro lugar para a interioridade do homem.
            O Cardeal Martini coloca a pergunta do que deve ser feito, na prática, e quais os caminhos necessitam ser identificados para tratar a dignidade ferida do homem? Antes de tudo, educar continuamente a comunidade cristã para o fato de que a dignidade humana é antes de tudo e acima de tudo. Ao se aproximar do preso não devemos presumir de sermos justos, mas conscientes do nosso pecado, devemos ser próximos. E' necessário ajudar a pessoa encarcerada a recuperar sua dignidade por trás de sua máscara, porque há por de trás o rosto do homem, e naquele rosto há a imagem de Deus e toda a sua dignidade.
      Nos últimos três anos tive a oportunidade de conhecer os rapazes na prisão juvenil na província de Benevento Airola. Eu estava acompanhada por outras Irmãs e alguns jovens, para que eles pudessem alcançar e tocar a dura realidade de jovens acorrentados por seu ego, e de uma sociedade que muitas vezes ilude e decepciona, mostrando a lei do mais forte. Iniciamos um relacionamento com eles através da catequese, liturgia, escuta, jogo, oficinas e apresentação teatral. A experiência com eles me ensinou que cada um de nós é prisioneiro de si mesmo, no momento em que não conseguimos investigar o potencial, os dons que Deus nos deu, e que, se não liberarmos o coração através do amor, não seremos capazes de ver a luz da esperança e da verdadeira liberdade. Ao olhar para o rosto dos rapazes senti só amor, compaixão, nunca juízo, porque há em cada um a verdade do próprio ser, que é, aquele de ser Filho de Deus, e irmãos que caminham para o renascer de uma nova vida.
            Sua estadia lá é um grito de socorro para toda a sociedade, que deve ir ao encontro de uma humanidade perdida, escrava de seu próprio pecado e de escolhas erradas, que deve ter no coração o desejo de reconstruir, a partir dessas falhas, para criar oásis de paz, amor e valores a descobrir e divulgar, para nutrir a fé e a esperança. E nós, como filhos da Pallotti, sentimos o dever de cooperar na evangelização deste ambiente, de propor e realizar um trabalho pastoral orientado para recuperar três valores que expressam a dignidade da pessoa humana: a consciência, a liberdade, o amor, para que haja recuperação e inclusão, destes nossos irmãos, que tem necessidade de conhecer e encontrar a salvação.

Irmã Anna Simeão CSAC
Ostia Lido, Roma

Perguntas para reflexão pessoal e comunitária:
ü  Qual é a nossa atitude em relação aos presos? Vemos os prisioneiros como nossos irmãos e irmãs, com os quais Cristo identificou-se de maneira particular?
ü  Rezamos para os prisioneiros, suas famílias, para aqueles que trabalham nas prisões, para aqueles que têm sido vítimas de crime?
ü  Formas práticas em que podemos nos unir às pessoas no cárcere, por meio de visitas, cartas, apoiando as famílias dos prisioneiros. De que forma somos chamados a trabalhar para uma sociedade mais justa e sábia, consciente, compassiva para abordar as causas da  criminalidade?
Oração:


            Nós te pedimos ó Cristo, Tu que te identificaste como o último dos teus irmãos e irmãs e que antes da morte experimentaste a amargura da exclusão. Esteja próximo de todos os presos, de suas famílias, daqueles que trabalham nas prisões, vítimas de crime, e fá-los sentir teu infinito amor. Cura as feridas que carregam dentro deles, liberta-os de tudo o que aprisiona seu coração, reaviva sua fé, renova sua esperança, reacende o seu amor, para que possam testemunhar a si mesmo e tornarem-se apóstolos ativos e autênticos do teu Reino de justiça e paz, compaixão e misericórdia, alegria, verdade e vida. Amém.


terça-feira, 11 de março de 2014

A dimensão ecumênica do carisma palotino | Pe. Daniel Luz Rocchetti SAC

Um só rebanho sob um só Pastor:
a dimensão ecumênica do carisma palotino

Nos escritos de nosso Fundador, é recorrente, como um refrão, o seu desejo de ver um só rebanho sob um só Pastor. Em suas orações, esta expectativa se traduzia em palavras de súplica constante e em seu apostolado, como iniciativa e também como finalidade, São Vicente Pallotti trabalhava para ver o dia no qual todos estariam sob a régia autoridade do Pastor, o Vigário de Cristo, o Santo Padre. Tudo ao seu alcance ele fazia, ele realizava, para que as conversões acontecessem e os ímpios, os hereges, os cismáticos... e qualquer outro se voltasse à Deus, e se rendesse aos ensinos da Igreja Católica e à obediência ao Sumo Pontífice.
 
E não era poderia ser diferente, pois naquela época, e fundamentalmente naquela Roma sob o governo temporal do Santo Padre, toda a teologia, espiritualidade e vivência cristãs eram compreendidas tendo nítida referência ao Sumo Pontífice. E portanto, o refrão repetidamente evocado por Pallotti não era jamais compreendido para além desta que era a realidade eclesial e social em que vivia: todos deveriam se unir ao rebanho católico, que por sua vez, era regido sob o único Pastor, o Sumo Pontífice, o Vigário de Cristo. 
Mas a teologia é orgânica, uma ciência viva na qual se permite que o estudioso aprofunde a reflexão e novas nuances vão sendo reveladas, daquela que é a toda Verdade Revelada. Alias, o próprio Senhor Jesus anunciou o Espírito Paráclito para levar-nos ao conhecimento da Verdade toda inteira (cf. Jo 16, 13). Por tanto, proclamar que temos a Verdade e que cremos nesta Verdade não é o mesmo que dizer que compreendemos totalmente esta Verdade! Esta compreensão da Verdade Revelada, aos poucos, pela reflexão teológica, vai se descortinando ao longo da história.
 


E por isso, foi o Concílio Vaticano II quem permitiu alargar mais a compreensão daquele refrão ‘um só rebanho sob um só Pastor’. Nas entrelinhas dos vários documentos, o Concílio vai recolocando em seu devido lugar a compreensão daquela máxima: o Pastor é o Cristo, o Único, o Senhor, de um rebanho enorme, composto de todos os que O seguem, que são discípulos seus, os cristãos e aqueles que, não o seguindo, têm reta intenção e vivem o que é correto em suas vidas. Em documentos importantes ele coloca a Igreja toda em uma situação de diálogo e de abertura ao outro religioso. São os casos dos documentos conciliares Orientalium Ecclesiarum (às Igrejas Orientais Católicas) e Nostra Aetate (as Relações da Igreja com as Religiões não-cristãs) e Dignitatis Humanae (a liberdade religiosa à luz da Revelação). Sem contar ainda, com o documento Unitatis Redintegratio, que visa dar pistas para um caminho ecumênico, passos para a unidade dos cristãos.
Sim, o Concílio Vaticano II alargou a compreensão da máxima “um só rebanho e um só Pastor” que Pallotti tanto amava e desejava e ansiava. Poderíamos então afirmar, baseando-se no amor que o Santo tinha pela Igreja – ele, num compasso com Ela; ele, num bate-cuore com Ela – que também ele, hoje, trabalharia nesta mesma direção: um só rebanho de homens e mulheres de bem, sob o Senhorio do Único Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo! Desta feita, hoje, reconhece-se a importância de um palotino enveredar pelos caminhos da Unidade entre Cristãos e o diálogo Inter-Religioso. Não poderíamos fugir desta dimensão; não poderíamos nos calar diante deste mundo plural ou num grito solitário, fechados em nossos conceitos e critérios, pensar que todos deveriam ser como nós. A compreensão da diversidade apostólica, o Apostolado Universal, o Apostolado Católico, intuição tão original e tão preciosa de São Vicente Pallotti, indiscutivelmente replica na beleza da diversidade religiosa, que à base do diálogo fraterno e sincero, vai se ajuntando em um só rebanho, regido sob os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Único Pastor.
Pe. Daniel Luz Rocchetti SAC 
Reitor do Seminário Maior Palotino-RJ

sexta-feira, 7 de março de 2014

Via Sacra Palotina

Via Sacra rezada por São Vicente Pallotti[1]

Por mim nada posso  com Deus tudo posso  por amor de Deus tudo quero fazer  a ele a honra e a mim o desprezo.
  
Oremos: Ó meu dulcíssimo Jesus, quiseste sofrer, por nosso amor, opróbrios sem fim, humilhações incompreensíveis... Grava profundamente em nossos corações estima e amor por tuas abjeções, inspira desejo ardente de te imitar, na tua vida humilde, pobre, laboriosa, benéfica e desprezada. Amém.


Primeira estação: Jesus é condenado à morte.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela sentença de morte a que se submeteu Jesus, concede-me resolução firme de mortificar as minhas paixões. Em ação de graças por tal dom, ofereço-te os seus méritos, as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Segunda Estação: Jesus Carrega a Cruz.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pelas dores de Jesus ao carregar a cruz, concede-me sofrer de bom grado, como desejas, todas as cruzes. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te seus méritos infinitos e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Terceira Estação: Jesus cai pela primeira vez.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pelos sofrimentos suportados por Jesus ao cair pela primeira vez sob o peso da cruz, faze com que eu não caia mais no pecado. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os seus méritos infinitos e as dores de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Quarta Estação: Jesus encontra com sua Mãe.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pelas dores sofridas por Jesus e Maria ao encontrarem-se no caminho do calvário, tem-me sempre afastado de toda ocasião de pecado. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os seus méritos e a sua santíssima e dolorosíssima vida.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Quinta Estação: Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pelas dores sofridas por Jesus até o momento em que foi ajudado pelo Cirineu a carregar a cruz, dá-me o mais perfeito desejo de sofrer. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Sexta Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela gratidão do coração de Jesus, diante do serviço que lhe prestou Verônica, imprime em mim a mais perfeita imagem de Jesus. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os seus méritos e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Sétima Estação: Jesus cai segunda vez.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela segunda queda de Jesus sob o peso da cruz, faze com que eu sempre mais me levante para ti. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Oitava Estação: Jesus consola as mulheres que choravam.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela compaixão dispensada por Jesus às mulheres de Jerusalém, dá-me a mais perfeita caridade e o dom de viver e morrer no exercício da caridade. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Nona Estação: Jesus cai pela terceira vez.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, por Jesus, caído, pela terceira vez, sob o peso da cruz, concede-me a mais perfeita união contigo. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Décima Estação: Jesus e despojado de suas vestes.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pelo desnudamento de Jesus e pela amargura do fel, por ele experimentado, dá-me a mais perfeita pureza e o dom de fazer penitência dos passados maus costumes e torna-me amargos todos os sabores da vida presente. E, em ação de graças por tais dons, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Décima Primeira Estação: Jesus é pregado na cruz.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela crucificação de Jesus, dá-me o dom da mais perfeita crucificação de mim mesmo, todo, e das minhas paixões. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Décima Segunda Estação: Jesus morre na cruz.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pelas sete palavras, pela agonia e morte de Jesus, dá-me o dom mais perfeito de oração e contemplação e de mortificação de todos os apetites desordenados. E, em ação de graças por tais dons, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...



Décima Terceira Estação: Jesus é retirado da cruz
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela deposição do Sagrado Corpo de Jesus, faze com que eu viva perfeitamente crucificado até a morte. E, em ação de graças por tal dom, ofereço-te os méritos de Jesus e as dores e os méritos de Maria.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...


Décima Quarta Estação: Jesus é sepultado.
Adoramos-te, Cristo, e te bendizemos, porque, pela tua santa cruz, remiste o mundo.
Eterno Pai, pela sepultura do Sagrado Corpo de Jesus, Fecha-me todo dentro de ti e de Jesus, de forma que eu seja todo transformado em ti, em teu filho feito homem e no Espírito Santo. Peço-te tudo para mim e para todos, agora e sempre, por todos os fins possíveis que agradem a ti. E, em ação de graças por todos os dons possíveis, ofereço-te o sangue de Jesus e os seus méritos infinitos, a sua vida santíssima e as dores e os méritos de Maria e os méritos passados, presentes e futuros da Igreja de Jesus, Filho de Deus.
Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...

Décima Quinta Estação: Jesus ressuscita glorioso.
Sem nenhum merecimento ou disposição de minha parte, por vossa misericórdia eu me encontrarei em situação tal que, depois de terem sido destruídas a indignidade de minha vida, a enfermidade, a agonia, a morte, pelos infinitos merecimentos da vida, paixão, agonia e morte de Jesus Cristo, o infinito mérito de sua santíssima vida, paixão, agonia e morte será todo meu para sempre por toda a eternidade, para que eu, como troféu, prodígio e abismo da divina misericórdia, cante eternamente as infinitas divinas misericórdias, e assim será minha por toda a eternidade a glória da ressurreição, ascensão e exaltação da santíssima humanidade de Jesus Cristo.
Pai Nosso; Ave Maria, Glória...

 [1] FALLER, Ansgario. São Vicente Pallotti . As orações. Santa Maria: Biblos, 2007, p. 149-153.