segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A Parentela Espiritual



            Ontem (5), a Igreja no Brasil, celebrou a solenidade de Todos os Santos. Nós não poderíamos ficar de fora de partilhar sobre a espiritualidade de São Vicente Pallotti de frente a vida dos santos.
Pallotti, desde criança erguia altares em casa para rezar. Demonstrando sua devoção aos anjos e santos desde pequeno. Os exemplos da vida dos santos, para o pequeno Pallotti, era um assunto muito caro.
Durante a vida de Vicente, encontra-se a presença de diversos santos, pois ele procurava imitá-los, de certa maneira. Dizia ele: "Escolhe um santo como Padroeiro, lê a sua biografia e imita uma de suas virtudes".
Conservou sua devoção a São Felipe Neli, que ele chamava de grande apóstolo de Roma. Era devoto de São José Calazans, por ter lembrado a heróica paciência e amor para com as crianças pobres. Também era devoto de Santo Inácio de Loyola. Sempre ia rezar na Igreja del Gesú onde esta o corpo deste santo.  Lá, Pallotti revigorava o espírito e os empreendimentos de São Inácio que tinha sempre presente o zelo pela infinita glória de Deus e pelas almas, bem como o amor para com a Igreja. O Venerável João Berchamans, este também presente na lista de Pallotti, um religioso da companhia de Jesus, ensinou-o a intensificar ainda mais seu amor pela Mãe de Deus. Pallotti ao ler a sua bibliografia sentiu-se inspirado e fez voto de obediência ao seu diretor espiritual, o abade Fazzini.
Através da experiência mística de Santa Catarina de Sena, despertou em Pallotti a devoção do Sangue de Cristo. Santa Catarina, santa dominicana, saudava o Sangue de Jesus, mergulhada e queria que todos se mergulhassem no Sangue do Redentor. Quem apresentou esta Santa a Pallotti, foi seu grande amigo São Gaspar Del Búfalo.
Pallotti se identifica com um grande doutor e místico, São João da Cruz. Com o seu nada e coisa alguma. Buscando somente Deus, um Deus Uno, onde todas as criaturas serão transformadas. No amor a Deus, em João da Cruz, Pallotti se identifica pela fome e sede de Deus que o místico contemplava, frutos da sabedoria e da ciência do Espírito Santo.
São Vicente dedicou seus atos em honra à Santíssima Trindade, sobre a proteção da Sagrada Família de Nazaré, inspirado por São Vicente Ferrrer, em referência ao seu nome batismal.
Deste modo, por exemplo, Pallotti escrevia:
Por um gesto muito especial da divina misericórdia, do amor do S. N. Jesus Cristo, da Proteção da nossa mais que enamoradíssima Mãe Maria virgem imaculada, de S. Jose seu castíssimo Esposo, S. João Batista, de S.João Evangelista, de S. Joaquim e S. Ana, de S. Zacarias e S. Isabel, dos Nove Coros dos Anjos, dos SS. Patriarcas e profetas, dos SS. Apóstolos, Evangelistas, Discípulos do S. N. J. Cristo, Inocentes, Mártires, Pontífices, Doutores Confessores, Sacerdotes, Levitas, Monges, Eremitas virgens, Viúvas e das Almas santas do Purgatório.
 
Pallotti andava persuadido da própria miséria e da miséria que afligia a humanidade. Isso por que Pallotti leu uma citação de Santa Teresa de Jesus, na qual a Santa achava que tinha recebido infinitas graças quando se humilhava. Este então era o motivo de São Vicente Pallotti sempre reconhecer as tuas próprias misérias e se julgar tanto por elas.
Pallotti não recorria somente aos santos para si, mas também colocava seus penitentes sobre a proteção deles. Quando era penitente homem colocava sobre a proteção de São Pedro ou outro Santo do sexo masculino. Se fosse uma mulher, colocava sobre a proteção de Santa Maria Madalena ou outra Santa Penitente.

            Pallotti era impelido por uma espiritualidade de gratidão a Deus Pai pelo seu amor Infinito, que em Cristo o fez sua imagem e semelhança. Assim, via no Cristo, seu irmão e tendo uma parentela sobrenatural, pois considera também todos os santos como seus irmãos, ou seja, tinha uma família também no céu.

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