quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Retiro de Carnaval Palotino de 2018 – Rio de Janeiro




Retiro de Carnaval Palotino de 2018 – Rio de Janeiro


Ocorreu entre os dias 10 e 14 de fevereiro de 2018 o Retiro Aberto de Carnaval, no Santuário Arquidiocesano da Divina Misericórdia do Rio de Janeiro. Preparado e pregado pelo nosso co-irmão Padre Jan Sopick SAC, os temas das reflexões foram em torno do “Ano Nacional do Laicato”.

Durante os dias de retiro foi amplamente estudado o Documento 105 da CNBB - Cristãos Leigos e Leigas e na Sociedade, com o intuito de formar a consciência dos participantes de sua missão e da missão de todos na Igreja. Os leigos e leigas são sujeitos eclesiais, isto é, eles têm grande reponsabilidade em anunciar o Reino de Deus.

Em todos estes dias, iniciamos com a Celebração da Eucaristia no próprio Santuário, e logo após os participantes ficavam em Adoração ao Santíssimo Sacramento, fazendo experiência de meditar por cerca de meia hora diante dele: cremos que muitas graças foram alcançadas!

Foram sempre três colocações diárias: sobre o Documento 105, sempre aprofundando a temática laical; outra sobre temas palotinos: o carisma de São Vivente Pallotti, a União do Apostolado católico (UAC), a história da Beata Palotina Elisabetta Sanna, que era uma leiga cooperadora no início das obras de São Vicente Pallotti. Estas palestras proporcionaram uma abertura na mentalidade dos participantes do retiro, principalmente na questão missionaria e apostólica, já que todos somos chamados a sermos apóstolos, como a Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, que cooperou diretamente com Deus em seu projeto para a nossa salvação.

E por fim, aconteceram colocações sobre a apóstola da Divina Misericórdia, Santa Maria Faustina Kowalska, que com as suas experiências místicas relatadas em seus diários é hoje uma das grandes propagadoras das misericórdias de Deus.

Foram dias de oração, pregações, celebrações e convívio que alcançaram muitos frutos: vários testemunhos de pessoas que tiveram um encontro com Jesus foram apresentados no decorrer do retiro, sendo despertados para realizar na Igreja algum trabalho apostólico.

Nas celebrações do retiro, nos momentos de oração, sejam eles o Momento Mariano, a Celebração de Pentecostes, a Via-Sacra, em especial, as Santas Missas e Adorações, muitos se sentiram tocados, se sentiram amados e acolhidos pelo Senhor da Divina Misericórdia. Parabéns Padre Jan Sopick e sua equipe pela realização deste retiro.

Bruno Bauer SAC
Seminário Maior Palotino

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Retiro de Carnaval Palotino de 2018 – Guapimirim


Retiro de Carnaval Palotino de 2018 – Guapimirim

Neste carnaval, alguns jovens decidiram fazer uma nova experiência. Ao invés da grande maioria dos foliões, que correm atrás de blocos, escolas de samba ou dedicam um tempo para viajar, descansar, os jovens da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição de Cachoeiras de Macacu almejaram um tempo de encontro com Deus. Eles foram para o Cenáculo Mãe do Divino Amor – Guapimirim para um retiro, cujo tema foi “Eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para casa” (Mc 2, 11).

Os quatro dias de carnaval foram voltados para a reflexão desta passagem, sendo meditado através dos momentos de palestra, adoração, missa, dinâmicas e a oração do santo terço. Destaca-se que todos nós temos paralisias, imperfeições ou até mesmo acomodações pessoais. O convite foi realmente o diverso, a capacidade de superar-se, o chamado de Deus à santidade, enfrentar as limitações e barreiras para estar mais próximo de Deus.

Vale ressaltar o espírito de zelo e cooperação entre os jovens, pois a cada dia preocupavam-se com a manutenção da casa e bem-estar das pessoas, destacando o espírito fraterno entre todos, através das atividades propostas. Os dias de retiro foram tão intensos de experiência com Deus e tão agradáveis que unanimemente ficou o desejo de mais. O espírito vivido por cada um, durante esses dias não permaneça somente no Cenáculo, mas sim impulsione a cada um nas suas atividades pessoas, na família e onde quer que passem.

Marco Antonio Gomes
Paróquia São Gonçalo do Amarante


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Retiro de Carnaval Palotino de 2018 - Itaipuaçu


Retiro de Carnaval Palotino de 2018 - Itaipuaçu

O Retiro de Carnaval desse ano contou com 4 paróquias, que participaram mutuamente e fizeram-o acontecer. Foram elas: a Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Itaipuaçu - Maricá), o Santuário da Divina Misericórdia (Vila Valqueire - Rio de Janeiro); São Sebastião (Itaipu - Niterói); Nossa Senhora de Fátima (Pendotiba - Niterói) onde contamos com a união e trabalho de todos esses jovens que se dedicaram intensivamente para que esse retiro pudesse acontecer.

Claramente, o desejo de Pallotti pode ser visto em cada momento, já que a união de todos os carismas pode ocorrer. O tema foi "Eu te exorto a reavivar o dom de Deus que há em ti" e houve o aprofundamento nas cartas à Timóteo. Desde a explicação de quem foi este jovem na história da Igreja, até seu carisma e influências. Podemos viver grandes momentos de espiritualidade e convivência, juntos com os jovens que vieram viver o retiro.


Em todos os lugares o Cristo se fez presente, e podíamos ver a graça acontecendo a cada instante e em cada lugar. A experiência vivida e as que foram passadas entre aqueles que viveram o retiro, poderá ser aproveitada em cada paróquia, onde cada um poderá viver a fé de forma particular e com lembranças das grandes amizades que foram feitas. O nosso lema se fez presente de forma concreta nesse retiro, onde podemos afirmar com toda certeza: "Somos melhores juntos"

Ana Caroliny Rocha e Caroline Rodrigues
Paróquia Nossa Senhora de Fátima


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Retiro de Carnaval Palotino de 2018 – Itaperuna

Retiro de Carnaval Palotino de 2018 – Itaperuna

Neste Retiro de Carnaval, em Eugênopolis, realizado pelas paróquias: Santa Rita de Cássia, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário de Fátima, foi trabalhado a proposta do Ano do Laicato com o tema: Cristãos leigos e leigas, sujeitos na “Igreja em saída”, a serviço do Reino. E com o lema: Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14). Cerca de 120 jovens, acolheram o chamado para estar esses dias 4 dias em louvor e a adoração a Deus. 

Não há como propor que sejamos santos, Sal da Terra e Luz do Mundo, sem apresentarmos o caminho da cruz e o caminho de renúncia. Logo, a proposta da Via-Sacra (que é realizada há 10 anos no retiro), levou a todos a compreender o preço de ser Sal da Terra e Luz do Mundo.

Fomos convidados a mergulhar nos mistérios dolorosos de Nosso Senhor rumo ao Calvário. Tomamos uma cruz e percorremos um caminho estreito. Muitos se renderam e desistiram de trilhar nosso pequeno trajeto, rumo ao alto de um morro.

Jesus foi condenado à morte, não tinha aparência de homem, foi desfigurado e chagado. Nosso Senhor caiu, foi despojado de suas vestes, abandonado por muitos que outrora, estavam presentes em momentos de milagres e prodígios. Tudo suportou Nosso Senhor em silêncio. "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca." (Is 53, 7)



Inspirada e movida por amor a Nosso Senhor, viveu Santa Rita de Cássia (1381—1457). Desejava ser crucificada com Jesus, ou seja, sofrer o que Ele sofreu e viver como Ele viveu! E assim o Senhor a concedeu esta graça do sofrer e em silêncio tudo suportar por amor!


Como ela devemos reconhecer o valor do sofrimento e ter a consciência de que somos estrangeiros nesta Terra e de que nossa pátria é o Céu. E bem conhecemos esse caminho, sabemos que nada precisamos levar pela estrada, pois em Jesus, somos saciados! 


É crucial neste tempo quaresmal fazer a experiência do santo silêncio, a experiência do Calvário, a experiência do deserto, do jejum e da oração, como fez Santa Rita e os demais Santos de nossa Igreja, que morrendo com Cristo, reviveram com Ele!


É necessário pedir o auxílio da Virgem Dolorosa, que muito bem soube viver conforme a vontade do Pai. Assim como Ela esteve presente no Calvário de Jesus, Ela estará ao lado de todos que desejarem passar pela gólgota, rumo ao Céu! 

Eis a Via-Sacra! Via-Dolorosa que o Amor seguiu e que a seu exemplo, devemos viver. Caminho de renúncia, caminho de penitência, caminho de amor e caminho do Céu!  Sejamos Sal e sejamos Luz!


Lara Nunes
Paróquia Santa Rita de Cássia

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Beata Elisabetta Sanna, uma deficiente que se tornou apóstola



        Beata Elisabetta Sanna, uma deficiente que se tornou apóstola

 "Todos os fiéis cristãos são, pois, convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição do próprio estado” (Lumen Gentium, nº 41). Esse ensinamento da Igreja reforçado pelo Concílio Vaticano II é testemunhado na vida da Beata Elisabetta Sanna, que mesmo na condição de vida em que se encontrava como esposa, mãe, viúva, leiga empenhada no Apostolado Católico, analfabeta, deficiente desde a infância, levou uma vida de santidade e de vivência da sua vocação ao apostolado de Cristo e da Igreja.

Elisabetta Sanna nasceu num lar católico em 23 de abril de 1788, sua mãe Maria Domenica e seu pai Salvatore Sanna eram pessoas de profunda vivência cristã. Empenhados na vida da pequena comunidade de Codrongianos, na ilha italiana da Sardenha. No final do século XVIII, a Itália sofreu uma forte epidemia de varíola que atingiu gravemente a pequena Elisabetta com apenas 3 meses de vida. Ela passou por um “procedimento cirúrgico” que lhe retirou os nervos dos braços, travando-os na altura do peito, só tinha o movimento dos pulsos e dos dedos. Apesar desta grave deficiência, ela nunca lamentou, dizia que era obra da misericórdia de Deus na sua vida. 

Elisabetta queria consagrar totalmente sua vida a Deus. Pensava em ser monja, no entanto, seus pais e seu diretor espiritual a proibiu. Ela sempre obediente acatou suas ordens e buscou a vida matrimonial. Com 19 anos veio a casar-se com Antônio Maria, homem bom e temente a Deus, com quem teve sete filhos dos quais sobreviveu apenas cinco. Levavam uma vida familiar exemplar, num lar onde reinava o amor a Deus e ao próximo. Seu marido dizia com frequência aos amigos “minha mulher não é como as vossas. Elisabetta tem todas as características de uma mulher santa...”. Com certeza, na vida matrimonial, Elisabetta tinha tudo para ser santa, no entanto, Deus tinha outros planos para a sua vida. Seu esposo veio a falecer no ano de 1825, caindo sobre ela toda a responsabilidade de sustentar e cuidar dos filhos. Deficiente, ela não conseguia muitos serviços para ganhar o necessário para o sustento de sua família. Seu irmão que era padre, Pe. Antonio Luís, passou a ajudá-la no sustento de sua família e na educação de seus filhos. Estabilizando um pouco a sua vida e a de sua família, surgiu no coração de Elisabetta uma inquietação quase incontrolável de “arriscar tudo pelo Tudo”. Durante as pregações quaresmais sentiu-se atraída para conhecer os “lugares banhados pelo sangue do Redentor” e decidiu partir em peregrinação para a Terra Santa. Acompanhada de seu diretor espiritual Pe. José Valle partiram de Codrongianos até a Ilha de Chipre onde foram barrados por falta de visto no passaporte, decidiram esperar a resolução do problema em Roma, a viagem da Ilha de Chipre para Roma durou cerca de 15 dias em carroça e a pé, entre fome, sede e o sol quente do verão europeu. Uma verdadeira aventura, sobretudo para uma deficiente. 

Chegando a Roma, Elisabetta conseguiu um quartinho para morar e o Pe. José Valle se tornou capelão do hospital de Santo Espírito. Elisabetta não sabia falar italiano, somente o dialeto da sua terra natal, o sardo. Apesar disso, ela mantinha sua vida de católica zelosa participando de missas e procissões, fazendo adorações ao Santíssimo Sacramento, novenas, via sacra, a reza do santo rosário, obras de caridade e visitas aos doentes e aos pobres. Por várias vezes, tentou voltar para a Sardenha, no entanto, sempre caía enferma nas vésperas da viagem até que foi proibida pelo médico que cuidava dela de empreender tal viagem. Ela entendeu que sua estadia em Roma, terra dos mártires, não era por acaso e sim que Deus tinha um plano para sua vida nesta cidade.
Na cidade de Roma existia um padre com grande fama de santidade, seu nome era Pe. Vicente Pallotti, seu encontro com a Beata se deu do seguinte modo: Elisabetta estava num certo dia seguindo uma procissão que partia da Basílica de São Pedro, em profundo espírito de oração e de contemplação, não se deu conta de que a procissão já havia acabado, quando percebeu viu-se sozinha e perdida. Ela não sabia como se comunicar, pois ninguém compreendia o dialeto sardo naquele local, foi então que caiu em prantos diante de uma certa igreja. De repente aparece um padre na frente da igreja, que foi até ela e fixou o seu olhar nos olhos dela e aquele olhar lhe transmitiu tranquilidade e coragem, sem dizer nada, ele a conduziu até a Praça de São Pedro e foi embora. Aquele encontro não foi por acaso, a Providencia Divina tem suas maneiras de agir e levou Elisabetta até São Vicente Pallotti, pois ela teria um grande papel na União do Apostolado Católico. Logo Pe. Vicente Pallotti se tornou seu diretor espiritual e confessor, e lhe deu grande ajuda no discernimento de sua vocação. 

Em 1835, Pe. Vicente Pallotti fundou a União do Apostolado Católico (UAC) e Elisabetta de imediato se tornou membro desta fundação. Fez do Apostolado Católico sua vida de tal modo que não era mais Elisabetta que vivia, mas era Cristo que vivia nela. Foi importante cooperadora nas missões da UAC e também na comunidade dos padres e irmãos da Sociedade do Apostolado Católico (SAC). Para Pallotti, Elisabetta deveria buscar a sua santidade no quotidiano da vida, não há movimento fantástico e místico sobrenaturais em sua vida. A santidade não se faz com espetáculos e sim com o amor que silenciosamente se dá no dia-a-dia. 

A beata Elisabetta Sanna veio a falecer no dia 17 de fevereiro de 1857, sete anos depois da morte de seu diretor espiritual São Vicente Pallotti (†1850) e foi enterrada na Igreja Mãe dos palotinos, Igreja Santíssimo Salvador in Onda. Morreu com fama de santidade e seu processo de beatificação e canonização deu início pouco tempo depois de sua morte. No dia 17 de setembro de 2016, ela foi beatificada e seu processo de canonização ainda está em andamento.
Uma pobre leiga que se tornou apóstola. Uma mãe de família que se ergue como luz de contemplação. Uma deficiente que se torna santa, é certamente um dom precioso de Deus, justamente para a nossa sociedade contemporânea, envolta em um paroxismo hedonístico, que destrói a vida e pratica o culto do eu. Em uma sociedade que vê o sofrimento como uma maldição e uma deficiência como um fato intolerável e procura a libertação através da eutanásia e do suicídio; para uma sociedade, na qual a destruição dos não nascidos se torna um direito, a Beata Elisabetta Sanna, deficiente e sofredora a vida inteira, que vive para a alegria dos outros, é um raio de luz, que se abre como caminho para o desespero dos deficientes, dos marginalizados, dos abandonados. Para todos os sofredores, Elisabetta é um farol. Aquilo que pareceu uma condenação com esta camponesa, pode tornar-se instrumento de ressurreição, uma escada para o céu, através de uma privilegiada participação na redenção oferecida por Jesus Cristo, Filho de Deus, Redentor do Mundo, exatamente através de sua adorável Paixão.

Irmão Elson Carvalho SAC

A Beata Palotina - Elisabetta SANNA



A Beata Elisabetta SANNA admitida na UAC  por São Vicente Pallotti.

Ela nasceu em 1788 na Sardenha, morreu com fama de santidade em Roma no dia 17/02/1857 e foi enterrada na Igreja do “SS. Salvatore in Onda”. Logo após a sua morte, sua fama de santidade se manifestou assim grandemente que, somente quatro meses mais tarde, dia 15 de Junho de 1857, iniciou a Causa de Beatificação. Foi proclamada beata no dia 17 de setembro de 2016. São Vicente Pallotti foi por 18 anos o seu orientador espiritual e a estimou muito.

Elisabetta, sofreu a varíola três meses após o seu nascimento e não pode mais levantar os braços. Movia os dedos e os pulsos mas não podia levar com as mãos a comida à boca; não podia fazer o sinal da cruz e nem passar o pente nos cabelos, nem lavar o rosto, nem trocar a roupa, mas podia fazer o pão, enfornar e desenfornar o pão e  criou e educou cinco filhos.

Não obstante o seu problema físico, foi pedida em casamento. O matrimônio foi muito feliz. Os esposos tiveram sete filhos dos quais dois morreram muito cedo. Junto aos próprios filhos Elizabetta educou crianças do seu município ensinando a elas o catecismo e preparando-as aos sacramentos. A sua casa era aberta a todas as mulheres desejosas de aprender os cantos e as orações. No início de 1825, isto é, depois de 17 anos de matrimônio, morreu o marido. Ela assumiu toda a responsabilidade da família e da administração da casa.

Crescendo na vida espiritual, Elisabetta, sob o influxo das homilias quaresmais, decidiu-se partir, como peregrina, junto ao seu confessor Pe. Giuseppe Valle para a terra Santa. Prevendo uma breve ausência, deixou os filhos com sua mãe e o irmão sacerdote. Pediu também ajuda a um sobrinho e à algumas vizinhas. Mas, por motivo das dificuldades de receber o visto para o Oriente, em Genova, os dois peregrinos foram obrigados a interromper a viagem programada e depois ir para Roma, como peregrinos.

Sobrevindo graves dificuldades físicas, Elisabetta não pode voltar para Sardenha. Ela confiou a Vicente Pallotti a sua direção espiritual, o qual se colocou em contato com o irmão Pe. Antonio Luigi para informar-lo que a irmã, no momento, não poderia retornar para casa via  mar, mas o faria apenas se sentisse melhor.

Ela, não podendo retornar à própria família, sofria e chorava muito, mas não desanimou; soube confiar-se a Deus, aceitar a nova situação e servir os outros, permanecendo sempre fiel às indicações do Evangelho e da Igreja. Estava muitas vezes no Hospital dos que não tinham cura e nas casas privadas para dar assistência aos doentes e confortá-los. Fazia malhas (blusas) e o dinheiro ou os diversos presentes que recebia dava aos pobres ou ajudava os órfãs nas duas casas fundadas por Pallotti; procurava levar a paz às famílias, a converter os pecadores, preparava os doentes aos sacramentos e provia os paramentos para a Igreja do “SS. Salvatore in Onda”. Ao mesmo tempo, cada dia participava de algumas Santas Missas, fazia adoração ao Santíssimo e rezava com os hospedes na própria habitação, onde numerosas pessoas buscavam os seus conselhos. Também Pe. Vicente e os primeiros palotinos se aconselhavam com ela.

Pallotti sublinhava muitas vezes os méritos de Elisabetta no que dizia respeito a UAC. Pe. Vaccari assim se refere: “Dois são aqueles que mandaram para frente o nosso Instituto; uma pobre que é Elisabetta Sanna, como muitas vezes entendemos através de Pe. Vicente Pallotti, o outro é o Cardeal Lambruschini” (Summarium, Roma 1910, p. 145, par. 33). Ela foi testemunha da fundação da UAC e acompanhou o seu desenvolvimento por 22 anos, até a morte.


Fonte: sac.info

Beata Elisabetta Sanna - Dados biográficos



Dados biográficos



Elisabetta Sanna nasceu em Codrongianos (Sassari) no dia 23 de abril de 1788. Três meses depois perdeu a capacidade de levantar os braços. Casada, criou cinco filhos. Em 1825 ficou viúva e fez o voto de castidade; era a mãe espiritual das meninas e das mulheres de sua terra. Em 1831, embarcou para uma peregrinação à Terra Santa; acabou chegando em Roma, e não pode retornar, devido à graves distúrbios físicos, dedicou-se inteiramente á oração e ao serviço dos doentes e pobres.

Ela foi um dos primeiros membros da União do Apostolado Católico de São Vicente Pallotti, seu diretor espiritual. Sua casa se tornou um santuário de fé viva e ardente caridade. Morreu em Roma no dia 17 de fevereiro de 1857 e foi enterrado na Igreja de SS. Salvatore in Onda. Os testemunhos confirmam e esclarecem as palavras de São Vicente Pallotti, transcritas pelo padre Scapaticci e pelo padre Vaccari: “Dois são aqueles que levaram adiante o nosso Instituto: uma pobre viúva que é Elisabetta Sanna, como haveis mais vezes entendido do Pe. Vicente Pallotti, o outro é o Cardeal Lambruschini” Por este motivo a “pobre” Serva de Deus recebe o privilégio de ser enterrada na Igreja de SS. Salvatore in Onda, junto ao túmulo de São Vicente Pallotti.

Quando morreu, a sua fama de santidade era (assim) tão grande que, apenas quatro meses depois de sua morte, foi nomeado o  postulador da sua causa de beatificação, com duração de mais de um século e meio.


Foi declarada Beata no dia 27 de Janeiro de 2014. O milagre que a levou, finalmente sobre os altares, aprovado pelo Papa Francisco no dia 22 de janeiro de 2016 é a cura que ocorreu no dia 18 de Maio de 2008 [na paróquia palotina de Nossa Senhora de Fátima em Niterói –RJ] – domingo do SS. Trindade – de uma jovem mulher brasileira (31 anos), Suzana Correia da Conceição, de uma atrofia muscular do braço e da mão direita com comprometimento funcional grave. No sábado, 17 de setembro de 2016, 160 anos depois de sua morte, diante da basílica de Saccargia, presidiu a Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, a solene cerimônia da Beatificação de Elisabetta Sanna.

Fonte: sac.info

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Peregrinação Mariana 2018 - Nos braços e abraços da Virgem Maria


Nos braços e abraços da Virgem Maria
Um dia comunitário, peregrinando, encontrando e entregando nossas vidas a Nossa Senhora 

Já é conhecido de todos nós aquilo que São Bernardo de Claraval falou sobre os devotos, sobre aqueles que se confiam a Nossa Senhora: “O devoto de Maria jamais perecerá!” Ele mesmo é testemunha disso, pois é lembrado entre aqueles santos que amaram com um amor terno e firme a Virgem Maria. Pois bem, nosso coração encheu-se novamente desta certeza quando, no dia 06 de fevereiro próximo passado, nossa comunidade formativa, ou seja, os seminaristas com o reitor e o diretor espiritual foram em peregrinação ao Santuário Mariano de Schoenstatt para, alí naquele pequeno templo, unido espiritualmente a tantas pessoas, nos colocássemos novamente sob o cuidado, o abraço e o colo da Mãe Rainha. E lá, no entorno do quadro mariano, em latim líamos: “Servus Mariae nunquam peribit”.

Acolhidos com fraternidade pelas Irmãs de Schoensttat, celebramos a Santa Missa presidida pelo Reitor, Pe. Daniel e ouvimos a homilia proferida pelo Diretor Espiritual, Pe. Paulo. Depois de um pequeno lanche oferecido pelas irmãs, ouvimos de uma delas alguns detalhes da história do Movimento Apostólico de Schoenstatt, intimamente ligado em seus inícios à história e carisma palotinos. De fato, foi a partir de um padre palotino, Pe. José Kentenich, unido a alguns seminaristas, que toda aquela obra começou. Destes seminaristas, explicava a Irmã, o Pe. José Kentenich exigia deles que fossem “os mais alegres no recreio, os mais empenhados nos estudos e nos trabalhos e os mais piedosos na oração”.

Seguido a este momento de partilha com as irmãs, retornamos ao Santuário e realizamos aquilo pelo qual tínhamos proposto: ao rezarmos o Santo Terço, confiamos todo este ano de 2018, nossos projetos, nossos estudos, nossa vida comunitária, nossos coirmãos padres, nossos familiares... enfim, tudo confiamos aos cuidados de Nossa Senhora. E para encerrar aquele momento de entrega, cada um de nós, por turmas de Noviciado, renovamos nossa Consagração a Nossa Senhora.

Temos a plena certeza que, a ela confiados, não pereceremos no caminho de discípulos quais devemos ser nós, palotinos e palotinas! Mas ainda tivemos um agrado da Virgem Maria: pensando em retornar ao Seminário, decidimos dar uma volta por aqueles lados tão bonitos da cidade do Rio de Janeiro e fomos em direção ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, réplica igual da Capela das Aparições lá de Portugal. 

Foi outro momento especial, patrocinado pela Mãe, já que tivemos a oportunidade de conhecer o fundador e idealizar do local, o Sr. Berthaldo, que além de nos acolher muito bem, explicava de forma vibrante toda a sua história com Nossa Senhora de Fátima e a realização daquele projeto. Ficamos impressionados, mais uma vez, de como Nossa Senhora não abandona quem a ela se confia.
 
De fato, não é a toa que nosso fundador São Vicente Pallotti repete incessantemente que Maria é sua mais que enamoradíssima Mãe e que ele desejava amá-la como o Pai a ama como Filha, o Filho a ama como Mãe e o Espírito Santo a ama como Esposa. Também ele, sendo todo de Maria, junto com Pe. Kentenich e suas filhas e somando-se ao testemunho do Sr. Berthaldo vieram confirmar a nós que o que fizemos naquele dia, ou seja, o fato de termos renovado nossa confiança a Maria, seria para nós a total garantia de uma vida perseverante e fiel, com desafios, e com a força necessária para enfrenta-los, vencê-los e continuar caminhando sem perecer! 

Pe. Daniel Luz Rocchetti SAC - Reitor do Seminário Maior Palotino (RJ)